sábado, 20 de março de 2010

Afinal, quem somos?

Hoje quando eu estava indo para um curso, de dentro do ônibus eu observava as pessoas na rua. Em um certo ponto eu vi um homem (um mendigo) deitado no chão. Ele estava todo sujo, bêbado e era bem magro. Algo não muito agradável de se ver em plena tarde de sábado. E no ponto seguinte (que era em frente a uma praça), dois homens: um ajudando o outro a se levantar. O que ajudava passou a mão na barriga como quem diz: "Estou com fome" e o outro, que mal conseguia andar, assentiu com a cabeça.
Aí, eu fui pensando...
Com todos aqueles carros bonitos passando ao redor...
Com toda a elite brasileira...
Onde está o nosso "Brasil, um país de todos"?

Eu mesma não posso falar muito, pois não faço muita coisa para que essa situação mude. Mas vivo me perguntando onde colocaram a igualdade.
Todo mundo vê essa situação. Todo mundo lamenta. Ninguém age.
É só ligar a TV e esperar: uma, duas, dez, cinquenta, cem tragédias vem aí. De onde surge tanta violência? De onde surge tanto ódio?
Não... nem sempre foi assim...
E é por isso que não precisa continuar sendo.
Meu professor de história (uma figura =P) chama isso de "alienação". Vocês até podem achar engraçado, mas eu concordo.
A sociedade hoje em dia é formada para se contentar com a situação em que vive e não para questionar ou ter vontade própria. A mídia noticia o que o governo quer que você saiba. E nem sempre isso é a verdade.

Não conseguimos mudar o mundo inteiro com apenas um gesto, mas podemos mudar o mundo com milhares de pequenos gestos juntos.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Em falso

Não é só porque o inverno está de volta e as noites chegam mais cedo. Qum dera fosse isso, mas medo, hoje em dia, não depende da luz do sol. E dá mais medo ainda andar naquelas ruazinhas estreitas carregando uma mala de viagem, que algumas pessoas insistem em chamar de mochila. Não vejo o porquê, já que eles moram na escola.
É mais um estudante, o pequeno. Talvez nem tão pequeno assim. Quase corre pela rua deserta, olhando em volta com ar de terror. Medo do assaltante, medo da arma, medo de... Quem disse para ele que é perigoso andar nas ruas? Falsa segurança, a das nossas vidas. Se é que segurança existiu algum dia.
Ninguém disse para ele que é perigoso, ele é que se sente sozinho e indefeso naqueles becos. Não fala, não pensa, apenas corre para o ponto de ônibus apinhado de gente cansada. Ao chegar, o alívio. Agora está seguro, tem tantas pessoas á volta. Falsa esperança, a das nossas vidas.
O ponto está como sempre, naquele empurra-empurra. O estudante não fala, não pensa, apenas espera a linha atrasada do ônibus que o levará para casa. Empurra-empurra. Empurra. Que ponto de ônibus mais agitado.
De repente, mochila aberta. Sem carteira, sem documentos, sem celular. E tantas pessoas à volta, esperando o ônibus. Nenhuma fala, nenhuma pensa.

beijos pra vocês